30 maio 2006

As Gaffes de Bi - Episódio II

Pois quem achava que as minhas gaffes teriam terminado enganou-se redondamente. Além do mais se acharam isso é porque devem ter um atraso de desenvolvimento qualquer pois se eu já tinha um post chamado As Gaffes de Bi - Episódio I é porque provavelmente haveria, pelo menos o Episódio II, não acham? Ora pensem lá melhor... Já perceberam????

Bem, voltando ao assunto - as minhas gaffes - ainda há alguns acontecimentos bastante curiosos, que fizeram mesmo os meus pais ponderar se deveriam ter-me inscrito nas aulas de ensino especial quando andava na escola. É verdade, por muito que me custe admitir (e aos meus pais também de certeza absoluta) este meu problema começou a evidenciar-se ainda em idade precoce.

Ainda andava eu na escola, e no final de um típico dia de aulas ia eu a subir a rua com duas colegas de turma, quando eis que vemos a aproximar-se um carro, cuja marca já não me recordo, mas que parecia saído da sucata. Velho, sujo e a fazer ruídos pelo tubo de escape. Mal olhei para o carro achei por bem dizer a seguinte piada : "Olha Marta, vem aí o teu motorista buscar-te". Claro que desatamos as duas às gargalhadas, como duas típicas adolescentes convencidas de que quanto mais espalhafato fizessemos, mais engraçadas seríamos. A gargalhada ainda durou algum tempo, pelo menos até repararmos que Joana (a colega que nos acompanhava) atravessava a rua muito envergonhada, vermelha que nem um tomate maduro (diga-se de passagem que só gosto de comer tomate verde, mas isso agora não interessa nada) e dizia: "Adeus, até amanhã. O meu pai veio buscar-me." Felizmente para além de duas motorizadas não passou nenhum veículo pesado nos momentos que se seguiram a este episódio, pois caso contrário teria ponderado seriamente em atirar-me para debaixo dele.

Outro episódio semelhante ocorreu numa visita de estudo. 9 da manhã, um calor desgraçado e nós já na camioneta alugada pela Escola Rainha Santa Isabel rumo a Lisboa. Todos em pé a cantar músicas alegres e festivas tais como "Sr. Condutor por favor carregue mais no acelerador, se bater não faz mal, vamos todos para o Hospital..." Tantos sítios para passar logo havia o motorista de escolher uma estrada da qual se conseguia ver, ainda que muito longe, o Bairro de Vila D'Este (sorte macaca a minha e vão já perceber porquê). Claro que mais uma vez não me consegui calar e achei que devia comentar alguma coisa tipo "Este bairro é muito mau, acho que há muita droga e violência. Muito mau mesmo, já viram bem que aspecto têm estes prédios." Alguns minutos se passaram desde o meu infeliz comentário e já eu estava em amena cavaqueira com um colega que estava sentado na cadeira atrás da minha, giríssimo por sinal, e pensava eu que a conversa até estava a correr muito bem, pois ele até comentou que já há muito tempo que me vinha a "apreciar" nos corredores e que me achava muito gira e simpática. Decidi então perguntar-lhe onde morava. Imaginem como me senti quando ele me disse com uma cara muito envergonhada "Eu? Moro em Gaia, naqueles prédios por onde passamos há pouco, naquele bairro, mas olha que lá há muita gente séria..."

Pleeeeeeeease, alguém que me dê um tiro e acabe com o meu sofrimento de uma vez por todas. De preferência certeiro para não ser muito doloroso ...

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