25 maio 2006

As Gaffes de Bi - Episódio I

Quem me conhece sabe que se há coisa em que sou perita é em cometer gaffes, o que é o mesmo que dizer, meter o pé na argola.

Entrei no elevador com a minha administradora de condomínio. Eu sabia que ela estava grávida, mas não conseguia precisar de quanto tempo estaria. Como tinha uma barriga muito proeminente calculei que seria coisa para mais ou menos 7 meses de gravidez. Como subir três andares ainda demora algum tempito, achei por bem dizer qualquer coisa para preencher aquele vazio. E porque não perguntar "Então, já não falta muito para o bebé nascer, pois não?" Quando eu olhei para a cara dela percebi que algo de errado se passava, pois ela ficou completamente roxa e pensei eu para com os meus botões: "Ó valha-me deus, não me digam que ela vai entrar em trabalho de parto agora." Logo de seguida percebi que não podia estar mais errada quando ela me disse com um tom fulminante: "Já nasceu, há 3 meses".

Certo dia, comprei umas calças de ganga (giríssimas por sinal que me faziam um traseiro arrebitado) que estavam demasiado compridas e precisavam de ser arranjadas. Ora, vá-se lá saber porquê, a costureira enganou-se a cortá-las e quando eu me olhei ao espelho reparei que uma das pernas tinha ficado mais comprida que a outra. Pois como se me tivese dado um ataque de diarreia verbal, saí do provador e comentei em alto e bom som para que toda gente ouvisse (incluindo ela) "Não percebo, cortaram-me mal as calças pensam que sou manquinha???" Quando dei por mim a reflectir no que disse, fiquei corada e sem saber o que fazer. Porquê? Muito simples. A costureira que me arranja as calças e de quem eu gosto bastante tem uma deficiência de nascença que fez com que ela ficasse com uma assimetria no tamanho das duas pernas. Para quem desconhece o significado de assimetria, explico por palavras do senso comum: É MANCA.

Infelizmente por ironia do destino, a minha história com a minha costureira não termina por aqui... Poucos dias depois deste episódio, eis que surge outro ainda mais caricato. Estavam pousadas em cima de uma mesa umas almofadas e claro que euzinha não consegui estar calada. Peguei nelas e comentei com um ar muito sério: "Estas almofadas são tão feias, ainda há quem compre isto?" Como se este comentário não bastasse, ainda acrescentei "Cruzes credo, este tecido já devia ter sido retirado do mercado há muito tempo pelas autoridades porque isto já é uma questão de saúde pública, já que olhar mais do que um minuto para este padrão pode provocar cegueira irreversível!" e soltei duas gargalhadas. Ela olhou para mim e disse apenas: "São minhas, são para o meu sofá da sala." Nesse momento, reparei que ela tinha pousado a agulha e o dedal e pegou numa tesoura, por isso engoli em seco, e disse, "Olhe vou indo, tenho o carro mal estacionado e tenho medo que me multem, pois é, a polícia tem andado por aí..." não fosse o diabo tecê-las e ainda me espetar com ela numa perna...

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