Mãe e Filha posam juntas em roupa interior para Revista MaxiMino

A notícia caiu que nem uma bomba no Bairro de Paramos em Espinho. Maria da Assunção Moreira e sua filha Maria da Luz com o mesmo apelido haviam posado para a afamada revista masculina Maximino e eram capa da edição de Maio de 2006 para todos aqueles que quisessem ver.

Desde cedo que Maria da Assunção foi alvo de cobiça por todos aqueles que faziam banca na Feira de Espinho às segundas-feiras ou por aqueles que lá apareciam quase que religiosamente para apalpar os seus melões. Sim, porque Sãozinha, como era tratada pelos mais chegados, vendia frutas e legumes numa banca por ela construída porque “Cá a Sãozinha não precisa de homem para nada” como ela costumava dizer quando lhe perguntavam como conseguia uma mulher tão jeitosa e bonita viver há tantos anos sem homem.

O seu problema com os homens começou quando, ainda jovem, ficou grávida da sua filha Maria da Luz no banco de trás do Fiat Uno do seu namorado, Tono Preto. Como se isto não bastasse para desgraçar a sua vida, Tono Preto decidiu ir para a apanha da fruta para a Holanda para poder “juntar uns tostões para a menina”. Porém, passados apenas 2 meses após a sua ida, Sãozinha deixou de receber cartas de seu namorado. Pensando que este teria morrido, ou estaria a definhar com alguma doença grave, tentou a todo custo saber novas do seu amado, porém conseguiu apenas descobrir que Tono Preto teria casado com uma holandesa e que vivia em parte incerta. Sãozinha, depois de passado o desgosto jurou, de joelhos, a rezar o terço a N. Senhora, que nunca mais haveria de acreditar em nenhum sem vergonha e assim solteira se manteve até aos dias de hoje. Para que fique registado, eu disse solteira, não celibatária, ok?

Pois foi no meio dos melões, das laranjas, das cenouras e da couve-flor que Luz cresceu. E quanto mais crescia mais todos comentavam que mais pareciam duas irmãs e que era difícil saber quem era mais bonita, mãe ou filha.

E foi num dia perfeitamente vulgar, que Actínio Ribeiro fotógrafo da referida revista se dirigiu à feira para ver se comprava umas camisas da Guess ou da Gant roubadas de alguma loja e por isso considerado como artigo fresquinho ou caso não fosse original, que pelo menos fosse parecido e em conta.

Mal pôs os olhos nas duas ficou completamente vidrado na sua beleza e fez-lhes o convite para posar para ele (à semelhança do sucedido com a edição anterior de Cinha e Pimpinha Jardim e que tanta celeuma causou). Num primeiro momento, Sãozinha chamou-o de porco e avisou-o que ela não se metia nesses negócios, que era mãe solteira mas apenas por ironia do destino e que era uma mulher muito séria. De seguida pegou num pepino e disse que se ele continuasse com essa conversa que lho enfiava por um sítio que ela cá sabia. Contudo, depois de esclarecido o equívoco, foi para casa dormir sobre o assunto (o assunto, não o fotógrafo suas mentes perversas!!!)

Depois de muito pensarem, mãe e filha aceitaram o convite, ainda que na paróquia o padre as tenha aconselhado a não o fazerem porque segundo ele “O corpo das criaturas de Deus é para ser preservado e apenas deve ser exposto no recesso do lar”. Contudo, dado que este é o padre que nas homilias afirma que ser mãe solteira ou divorciada é um pecado, que não se deve ter sexo fora do matrimónio e que a única posição permitida é a de missionário (e Sãozinha está solteira desde que se conhece e uma mulher também tem as suas necessidades) ela pensou duas vezes antes de seguir o seu conselho.

As roupas foram escolhidas pelas próprias, se bem que, e isto agora fazendo um aparte, reza quem viu as fotos e principalmente a página central da revista que de roupa pouco se via.

A verdade é que nas bancas a edição esgotou, fosse por serem simples feirantes, ou por serem mãe e filha ou e esta será a razão mais plausível, por serem mãe e filha com uns grandes melões. Ai, ai, novamente as vossas mentes impuras, sim grandes melões porque nas fotos as duas aparecem a segurar as mais diversas e variadas frutas e legumes, entre as quais dois enormes melões.

Seja como for, diz quem passou pela feira na semana passada que as restantes bancas estavam mais desertas que nunca, nem a mercadoria que chegou fresquinha de uma das lojas da Zara do Arrábida Shopping provocou tamanho ajuntamento como a banca de mãe e filha e os seus tão afamados melões.